Sábado, 23 de Novembro de 2024

Cidade
Publicada em 24/06/23 às 20:42h
ATENÇÃO: Foi registrado o primeiro caso de gripe aviária e protocolo de contenção é reforçado

Carlinhos Filho PRÓ - Quinta News



A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) informou, em uma nota publicada neste sábado (24) , a detecção de um caso de Influenza Aviária (H5N1) de Alta Patogenicidade (IAAP) em ave silvestre no município de Antonina, no Litoral do Paraná. Esse é o primeiro caso registrado no Estado.

A infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo.

O diagnóstico foi confirmado na sexta-feira (23). De acordo com a nota da Adapar, o vírus foi identificado em ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus). As amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OMSA como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária.


Foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo Estado, em especial nas regiões relacionadas a este evento. A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Adapar para evitar a disseminação da doença e proteger a avicultura paranaense.

Não há propriedades de produção comercial no raio de 10 quilômetros do foco localizado em Antonina. O litoral do Paraná não possui uma produção avícola comercial expressiva, ficando distante de locais com produção intensiva. Outras investigações em aves silvestres estão em curso no Paraná.

PROCEDIMENTO

No dia 21 de junho, a Adapar foi notificada sobre uma ave silvestre da espécie Trinta-RéisReal (Thalesseus maximus) apresentando quadro neurológico. No mesmo dia foram realizados os procedimentos de colheita de material e envio ao laboratório de referência do Ministério da Agricultura e Pecuária, em Campinas (SP), conforme prevê o protocolo estabelecido para estes casos.

Todas as propriedades em um raio de 10 quilômetros do foco foram fiscalizadas pela Adapar, e não foram observadas aves com sinais clínicos da Influenza Aviária. Produtores foram orientados a notificarem imediatamente qualquer caso suspeito. A Secretaria de Saúde do Estado foi comunicada e está monitorando as pessoas que tiveram contato com a ave infectada.

AÇÕES

A Adapar atende 100% das notificações de suspeita. Quando verificado um caso provável, é feita a colheita de amostra para diagnóstico laboratorial, isolamento de animais, interdição da unidade epidemiológica (propriedade), verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.

A Agência também promoveu a capacitação e o treinamento de profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, e conta com médicos veterinários com dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada na área, para atendimento das questões sanitárias da cadeia avícola do Estado.

O QUE FAZER

A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação. Os produtores e a população precisam ficar atentos aos sinais que as aves infectadas pelo vírus da gripe aviária apresentam.

Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Adapar, pessoalmente nas unidades locais ou no site www.adapar.pr.gov.br.













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