Chegam ao Paraná as primeiras doses de vacina bivalente contra a Covid-19
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) iniciou nesta segunda-feira (27) as novas estratégias de vacinação contra a Covid-19 no Paraná. A programação da Campanha de Vacinação 2023 inclui a aplicação dos imunizantes bivalentes da Pfizer/BioNTech, conforme as orientações que foram divulgadas pelo Ministério da Saúde por meio de Informe Técnico Operacional.
A vacina bivalente da farmacêutica norte-americana foi autorizada de forma temporária e emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, para uso como dose de reforço com intervalo igual ou maior a quatro meses após a conclusão da série primária ou da vacinação de reforço monovalente em pessoas com 12 anos ou mais de idade.
O Paraná já recebeu 291.600 imunizantes bivalentes e já distribuiu 205,2 mil para as 22 Regionais de Saúde do Estado. Agora a Sesa esclarece as principais dúvidas sobre a aplicação das vacinas monovalentes e bivalentes contra a Covid-19 no Paraná. As orientações foram formalizadas pelo Ministério da Saúde. A meta é alcançar 90% do público-alvo.
Qual é o público-alvo da vacinação contra a Covid-19?
Início ou continuidade dos esquemas vacinas primários e reforços com as vacinas monovalentes:
– Crianças entre seis meses e 11 anos
– Adolescentes e adultos de 12 a 59 anos
Vacinação de reforço com a vacina bivalente:
– Idosos de 60 anos ou mais
– Pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e os trabalhadores destes locais
– Imunocomprometidos a partir de 12 anos
– Indígenas, ribeirinhos e quilombolas a partir de 12 anos
– Gestantes e puérperas
– Trabalhadores de saúde
– Pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos
– População privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas
– Funcionários do sistema prisional
Pessoas desses grupos que tiverem apenas uma dose ou nenhuma deverão ser vacinadas com a vacina monovalente completando as duas primeiras doses iniciais.
Qual é a diferença entre as vacinas monovalentes e bivalentes?
A vacina monovalente possui uma cepa ou componente do vírus, já os imunizantes bivalentes protegem contra duas versões do vírus de uma só vez.
A monovalente contra a Covid-19 foi criada com a cepa original do vírus Sars-CoV-2, causador da doença. As bivalentes também foram produzidas com o vírus original, bem como com as cepas mais recentes da doença, da variante Ômicron – BA.1, BA.4 e BA.5, predominante no mundo.
As vacinas bivalentes são mais eficazes?
Observou-se que após a primeira onda de vacinação houve uma redução da proteção imunológica ao longo do tempo, principalmente nas faixas etárias com 60 anos e mais, sendo que essa redução se mostra mais proeminente com a Ômicron. As vacinas bivalentes elevam a efetividade da proteção para prevenção da doença sintomática e formas graves da Covid-19 inclusive para a Ômicron.